Música

Quando trabalho com cartas ( aliás quando trabalho seja com o que for ), há 3 coisas que para mim são essenciais, e quem sabe vos possam inspirar:

Ar perfumado ( velas aromáticas, ou incenso )

Harmonia das formas ( ou seja, sinto-me muito melhor se o espaço estiver decorado de acordo com o trabalho que estou a fazer, não gosto por exemplo de deitar cartas na cozinha )

Música ( ajuda-me a desligar do modo "obectivo / racional" )

Para quem está a começar, recomendo vivamente que usem música para treinarem o relaxamento da mente. Seja de que estilo for, o que interessa é que vos "desligue" e vos faça viajar, e dessa forma "acordar" uma percepção mais profunda em vós, do domínio do irracional, subjectivo, mágico.

Se vos arrepia, se vos dá tonturas quando fecham os olhos e se vos faz querer dançar é a certa :)

Deixo aqui uma inspiração que comigo funciona muito bem.

Magical Unicorns Oracle Cards

E eis que ao fim de todo este tempo volto em força para vos mostrar um óptimo baralho para começarem a aprender de forma simples.

Este oráculo foi criado por Jim Warren e Doreen Virtue. São 44 cartas acompanhadas por um pequeno livrinho com instruções. As cartas foram inspiradas nas lendas do mítico Unicórnio assim como na lenda de Pégaso. Todas as cartas apresentam uma frase, o que facilita imenso a interpretação das mesmas, sem no entanto deixarem de ser muito ricas em termos de imagem e cor.

Esta criatura é referida em lendas e histórias por todo o mundo, uma delas conta-nos que o primeiro Unicórnio chegou a este mundo no meio de um tornado coroado de nuvens muito brancas, desceu sobre os campos da Terra e furou uma pedra com o seu chifre. Dali brotou uma fonte que fecundou o solo, e então nasceram muitas plantas e belas árvores de fruto. Formou-se uma linda floresta e a pouco e pouco foi sendo povoada por várias espécies e classes de animais selvagens. Era esta a Vontade de uma Lei Maior, e o Unicórnio o Seu instrumento. Deveria representar também na Terra, o amor, pureza, poder, majestade, liberdade e toda a fé. O seu chifre poderia brilhar em situações de perigo mas normalmente não era visto por seres humanos que assim pensavam estar apenas diante de um cavalo.

Na Idade Média, dizia-se que o chifre do Unicórnio era um poderoso talismã de cura e proteção, o seu pó serviria para curar muitas maleitas. A crença estava de tal forma enraizada, acreditavam tanto, tanto... que até meados do século XVIII os farmacêuticos recomendavam chifre pulverizado para curar muitos males.

Na Bíblia há salmos interessantes:

Jó 39:9/10 "O Unicórnio estará disposto a servir a ti, ou a ser fiel a teu estábulo?"

Leonardo da Vinci também escreveu sobre ele: "O Unicórnio, através da sua intemperança e incapacidade de se dominar, e devido ao deleite que as donzelas lhe proporcionam, esquece a sua ferocidade e selvajaria. Ele põe de parte a desconfiança, aproxima-se da donzela sentada e adormece no seu regaço. Assim os caçadores conseguem caça-lo."

Desta crença, de donzelas ou virgens poderem caçar Unicórnios, nasceu um belo conjunto de misteriosas tapeçarias, poderão ver nas imagens um exemplo.

Fica então para vossa apreciação, estas pequenas histórias, se este tema for do vosso fascínio então tenho a certeza que se irão dar bem com este oráculo.

Faeries Oracle

Agora algo um pouco diferente do Tarot: um Oráculo. O Faeries Oracle é um oráculo constituído por 66 cartas, abençoadas por ilustrações maravilhosas de criaturas fantásticas tais como fadas, elfos, gnomos e muitas outras criaturas. Jessica Macbeth e Brian Froud foram os criadores deste oráculo sendo que as ilustrações são de criações originais de Brian e os textos de Jessica. É um oráculo que nos encoraja muito a desenvolver a intuição e a criatividade, que nos convida a valorizar a sensibilidade da maneira mais doce possível, não é um baralho de todo indicado a leitores rígidos apegados as regras de interpretação tradicional de cartas, a significados de arcanos... Cada leitura com este baralho se revela diferente, cada dia as cartas assumem significados novos. É para os sensíveis, sensitivos, intuitivos... é para quem abre o coração ao mundo das fadas...

Golden Tarot of Klimt

Para os amantes da arte aqui fica um baralho de rara beleza, desenhado por A.A. Atanassov e publicado pela Lo Scarabeo. Baseou-se na arte de Gustav Klimt (1862-1918), principalmente nas suas criações entre 1899 e 1917. Algumas cartas deste baralho são "cópias" das pinturas originais, a Lua é uma versão de "Danae", o Dez de Copas é o "Jungfrau", a Força é "Judith II", e a Sacerdotiza é "Bildnis Frieda Reidler". As cartas são lindíssimas e apresentam espaços dourados entre os desenhos, o que as torna muito luminosas. Para principiantes pode tornar-se um pouco dificil de ler, visto que apesar de ser um baralho que se enquadra na vertente tradicional, acaba por fugir um pouco a isso, dado que se baseia num pintor específico, em que sua obra foi adaptada ao Tarot, para aqueles com mais prática penso que facilmente se habituam ao baralho.

Medieval Cat

E para quem gosta de gatos, personagens sempre presentes em assuntos místicos, aqui apresento um baralho interessante. O Medieval Cat é um baralho de 78 cartas (22 arcanos maiores, 56 arcanos menores dividido nos 4 naipes tradicionais numerados de 1 a 10 e 4 figuras da corte), criado ao estilo renascentista. É muito fácil e agradável de ler devido ao seu conteúdo gráfico. Apenas os arcanos menores estão numerados, enquanto que os maiores ficam classificados pelos títulos que obedecem aos nomes tradicionais. Nas cartas da corte, cada figura apresenta vestes de diferentes períodos. As imagens são inspiradas no séc. XV, no baralho Visconti-Sforza e podemos ver também influências do Rider Waite.

Lawrence Teng e Gina M. Pace foram os criadores deste baralho, publicado em 2004.

Espero que gostem, fica a sugestão!!!

Estrela

Mesmo quem tem pouca prática, este jogo mostra-se simples de interpretar e muito eficaz. Consegue resumir em 7 posições diferentes partes de um problema/questão. É um bom jogo se quisermos olhar para uma situação nos 3 tempos, e no entanto sermos imparciais pois aponta especificamente o que é negativo ou positivo. Na posição nº 1 abre-se uma janela para a natureza do problema, não necessariamente o passado, mas sim a chave de sua origem, assim como o tipo de energia que o foco do jogo apresenta no momento, é basicamente "aquilo" com que estamos a lidar. Na posição nº 2 é-nos revelado o que pode influenciar o jogo de maneira positiva, ou o que há de positivo na questão, enquanto que na posição nº 3 sabemos o que é igualmente negativo. As posições nº 4, 5 e 6 correspondem ao passado, presente e futuro respectivamente. E por fim a posição nº 7 mostra uma conclusão do jogo. É importante estarmos atentos que estas posições se interligam entre si, e não devemos interpretar as cartas apenas individualmente nas suas posições, mas também de cima para baixo, esquerda, direita... enfim como quiserem, desde que olhem para o jogo como chave de um todo e não apenas como a soma de suas partes. Por último, quem souber, pode sempre utilizar a técnica de soma do número de arcanos para poder "sacar" uma carta oculta no baralho ou no jogo. Esta carta oculta irá funcionar como que uma chave para a resolução de um problema ou, como uma dica para a situação presente, irá depender da pergunta que se fez ao jogo. Se essa carta estiver presente no jogo, então será de extrema importância, e um convite a analisar melhor a sua posição, assim como as cartas circundantes.

Espero que se divirtam!!!!

A Roda da Fortuna

Ora a Roda, porque não adicionar hoje a Roda?

Rainha dos ciclos, do movimento contínuo, do Karma.... da Sorte, sem este arcano ler Tarot não fazia sentido, pois é ela que prevê o imprevisível, é ela que acelera o movimento, é talvez o símbolo mais usado em linguagens simbólicas, seu círculo representa a perfeição das coisas, o rigor das Leis do Universo. Tudo nasce, vive e morre, e tudo renasce de novo.

Carta mais segura para assinalar boa sorte, mesmo que no momento assim não o pareça, assim que girar de novo o que está em baixo vem para cima e vice-versa. É bom que saibamos ver que nos limites da roda estamos sujeitos a instabilidade, mas se soubermos estar no seu centro seremos conscientes do nosso destino e saberemos aproveitar o movimento das mudanças da melhor maneira...